segunda-feira, 13 de abril de 2015

Resenha: A realidade por trás do jornalismo

O jornalista Bruno Figueiredo começa sua palestra falando que quando uma pessoa escolhe fazer um curso de jornalismo tem a intenção de interferir no mundo, ou seja, quer tornar o mundo, de alguma forma, melhor.
Como disse o Bruno, a primeira coisa que se aprende na faculdade de jornalismo é que os pilares do jornalismo são a verdade e o interesse público. O aluno cresce na universidade com a ideia de que ele pode, sim, mudar o mundo, mas quando ele sai da faculdade e começa a entrar no real mercado da comunicação, ele descobre que na verdade os pilares da comunicacão são o lucro e a manutenção de poder.
E para que esses pilares funcionem, os veículos de comunicação são usados como ferramentas. Pois primeiramente estes veículos não são nada mais do que empresas, e como toda empresa normal elas são movidas pelo lucro.
A maioria das pessoas se pergunta da onde vem o lucro dos jornais, alguns imaginam que a maior parte deste lucro seja da venda dos impressos em bancas, ou de assinaturas. Mas a grande verdade é que a maior receita destas empresas vem dos anúncios. E os anúncios vêm de empresas governamentais e não governamentais.
Por exemplo, no Brasil 271 políticos são donos de 324 veículos de comunicação. O que é proibido na constituição brasileira. Como na TV Mirante, pertencente à globo, dois dos quatro sócios do jornal são políticos, no caso a Roseane Sarney e o José Sarney Filho.
É claro, que para manter esses anunciados que vão manter o lucro dos veículos de comunicação, os jornais não podem mais afrontar estas empresas, pois se isto acontece o anúncio é cancelado, e cancelando o anúncio, automaticamente acontece uma perda de lucro.
Por estes motivos é criado um filtro nas produções de textos e no fotojornalismo. No caso dos textos, na maioria dos jornais brasileiros, a matéria passa por até 4 edições, ou seja o texto entra de um jeito e é publicado de uma maneira completamente diferente, quase não é o mesmo texto que foi escrito primeiramente.
Já no fotojornalismo é exigido que o fotógrafo quando vá fazer a foto para matéria, procure não capturar fotos com pessoas feias, casas mal acabadas, etc. A não ser que a matéria peça isso. Tudo isso para que não denigra a imagem da empresa que anuncia no jornal.  
Mas o palestrante, Bruno Figueiredo, acredita que a internet é a nova porta para a mudança entre os meios de comunicação. Pois além da internet ser instantânea, também existe o “Jornalista Cidadão” que é quando as pessoas, que nem sempre são jornalistas, presenciam um fato e tiram foto ou filmam e publicam na internet, e algumas até mandam para os jornais locais. E os principais meios para isto são as redes sociais.

A internet esta movendo o mundo e as redes sociais estão proporcionando uma liberdade para o leitor e o jornalista. A cada dia que passa esta se tornando esconder uma notícia para ajudar os anunciantes, pois se os jornais locais não fornecem a informação, os próprios leitores já estão publicando na internet em seus blogs ou em qualquer perfil online. 

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