O
jornalista Bruno Figueiredo começa sua palestra falando que quando uma pessoa
escolhe fazer um curso de jornalismo tem a intenção de interferir no mundo, ou
seja, quer tornar o mundo, de alguma forma, melhor.
Como
disse o Bruno, a primeira coisa que se aprende na faculdade de jornalismo é que
os pilares do jornalismo são a verdade e o interesse público. O aluno cresce na
universidade com a ideia de que ele pode, sim, mudar o mundo, mas quando ele
sai da faculdade e começa a entrar no real mercado da comunicação, ele descobre
que na verdade os pilares da comunicacão são o lucro e a manutenção de poder.
E
para que esses pilares funcionem, os veículos de comunicação são usados como
ferramentas. Pois primeiramente estes veículos não são nada mais do que
empresas, e como toda empresa normal elas são movidas pelo lucro.
A
maioria das pessoas se pergunta da onde vem o lucro dos jornais, alguns
imaginam que a maior parte deste lucro seja da venda dos impressos em bancas,
ou de assinaturas. Mas a grande verdade é que a maior receita destas empresas
vem dos anúncios. E os anúncios vêm de empresas governamentais e não
governamentais.
Por
exemplo, no Brasil 271 políticos são donos de 324 veículos de comunicação. O
que é proibido na constituição brasileira. Como na TV Mirante, pertencente à
globo, dois dos quatro sócios do jornal são políticos, no caso a Roseane Sarney
e o José Sarney Filho.
É
claro, que para manter esses anunciados que vão manter o lucro dos veículos de
comunicação, os jornais não podem mais afrontar estas empresas, pois se isto
acontece o anúncio é cancelado, e cancelando o anúncio, automaticamente
acontece uma perda de lucro.
Por
estes motivos é criado um filtro nas produções de textos e no fotojornalismo.
No caso dos textos, na maioria dos jornais brasileiros, a matéria passa por até
4 edições, ou seja o texto entra de um jeito e é publicado de uma maneira
completamente diferente, quase não é o mesmo texto que foi escrito
primeiramente.
Já
no fotojornalismo é exigido que o fotógrafo quando vá fazer a foto para
matéria, procure não capturar fotos com pessoas feias, casas mal acabadas, etc.
A não ser que a matéria peça isso. Tudo isso para que não denigra a imagem da
empresa que anuncia no jornal.
Mas
o palestrante, Bruno Figueiredo, acredita que a internet é a nova porta para a
mudança entre os meios de comunicação. Pois além da internet ser instantânea,
também existe o “Jornalista Cidadão” que é quando as pessoas, que nem sempre
são jornalistas, presenciam um fato e tiram foto ou filmam e publicam na
internet, e algumas até mandam para os jornais locais. E os principais meios
para isto são as redes sociais.
A
internet esta movendo o mundo e as redes sociais estão proporcionando uma
liberdade para o leitor e o jornalista. A cada dia que passa esta se tornando
esconder uma notícia para ajudar os anunciantes, pois se os jornais locais não
fornecem a informação, os próprios leitores já estão publicando na internet em
seus blogs ou em qualquer perfil online.
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